Dono de bordões inesquecíveis e voz marcante de enredos como “Peguei um Ita no Norte” (1993), “Festa Profana” (1989) e “Tambor” (2009), morreu na noite desta quarta (03) o intérprete Quinho do Salgueiro, aos 66 anos. Ele estava internado em um hospital municipal na capital fluminense.
O cantor faleceu em decorrência de uma insuficiência respiratória. Desde 2022, Quinho vinha lutando contra um câncer de próstata. O corpo de Quinho será velado na tarde desta quinta-feira, na quadra do Salgueiro, e sepultado na sexta-feira (5), às 13h, no cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador.
“Hoje o Salgueiro Chora! Com profunda emoção e um nó na garganta, comunicamos o doloroso adeus a Melquisedeque Marins Marques, nosso Quinho do Salgueiro, um gigante cuja ligação com o G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro transcendeu os limites da música e do carnaval. Quinho não foi apenas um intérprete talentoso; ele foi a voz que ecoou em cada conquista, em cada desfile, e que se entrelaçou intimamente com a alma do Salgueiro”, publicou a Acadêmicos do Salgueiro nas redes sociais. Vale lembrar que Quinho comandava o carro de som da escola no último título conquistado pela agremiação, em 2009.
História – Quinho começou a carreira no bloco Boi da Ilha, que deu origem à escola de samba União da Ilha. Depois, passou a cantar junto com Aroldo Melodia, na escola da Ilha do Governador, até se tornar, em 1985, o intérprete principal da escola.
“Melquisedeque Marins Marques era conhecido como Quinho do Salgueiro pelas belas páginas da história do Carnaval que construiu naquela agremiação. Só que o Quinho do Salgueiro também era filho da Ilha. Foi sob o pavilhão insulano que sua voz marcante se fez ouvir pela primeira vez para o mundo do samba”, postou a União da Ilha.
Também participou do carnaval paulista, pela escola de samba Rosas de Ouro, em 2000. A agremiação de São Paulo também lamentou a morte de Quinho em suas redes, chamando-o de “um dos grandes puxadores de samba da história do carnaval brasileiro”.
*com informações da Agência Brasil
